segunda-feira, 18 de março de 2013

Reportagem sobre TDAH e sua influência na vida adulta


Déficit de atenção

TDAH na infância também causa problemas na idade adulta

Homens que apresentaram o transtorno na infância têm menores níveis de escolaridade, recebem menores salários e se divorciam mais, aponta estudo

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Menos anos na escola, mais divórcio e menores salários: TDAH diagnosticado na infância aumenta o risco desses problemas na vida adulta (Thinkstock)
Mesmo já adultos, homens que receberam o diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) na infância apresentam menores níveis de escolaridade e econômico e piores quadros sociais do que aqueles que não foram atingidos pelo problema. Essa conclusão faz parte de uma pesquisa do Centro Médico Langone, em Nova York, nos Estados Unidos, que foi publicada nesta semana no periódico Archives of General Psychiatry.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Clinical and Functional Outcome of Childhood Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder 33 Years Later

Onde foi divulgada: periódico Archives of General Psychiatry

Quem fez: Rachel Klein, Salvatore Mannuzza, María Ramos Olazagasti, Erica Roizen, Jesse utchison, Erin Lashua e Xavier Castellanos

Instituição: Centro Médico Langone, Estados Unidos

Dados de amostragem: 272 homens de 41 anos com e sem TDAH

Resultado: Homens adultos que receberam diagnóstico de TDAH na infância têm menores níveis de escolaridade, ganham menores salários, se divorciam mais e abusam mais de substâncias químicas
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O estudo acompanhou 136 homens que haviam sido diagnosticados com TDAH aos oito anos de idade com 136 participantes que não haviam apresentado o problema quando crianças. Todos tinham 41 anos. Os pesquisadores observaram que o grupo do TDAH tinha, em média, 2,5 anos a menos de estudo. Entre esses participantes, 31% não haviam completado o ensino médio e quase nenhum havia obtido um diploma de ensino superior, enquanto entre o grupo sem o transtorno apenas 3,7% não concluíram o colégio e 29,4% fizeram faculdade.
Além disso, o grupo do TDAH, embora em sua maioria estivesse empregado, recebia um salário anual, em média, 40.000 dólares mais baixo do que os outros participantes. Eles também se divorciaram mais (9,6% contra 2,9%), apresentaram mais problemas com abuso de substâncias químicas (14% contra 5%) e mais casos de transtornos de personalidade (16% contra zero). Não houve diferenças em relação a transtornos de ansiedade ou hospitalização. "Observamos que as múltiplas desvantagens causadas pelo TDAH na infância até a idade adulta começou na adolescência. Nossos resultados destacam a importância de um acompanhamento prolongado e tratamento de crianças com TDAH", concluiu o estudo

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